domingo, 12 de setembro de 2010

O que queres mesmo...

O que queres mesmo?
O que procuras na vida?
O que precisas para ser feliz?

Pode ser idiotice, pode ser infantilidade mas eu acho que o teu sonho é muito simples:
Correr pela praia e cair na areia, uma surpresa que aparece enquanto tens os olhos tapados e o coração a explodir de ansiedade. Um momento que acontece do nada, assim inesperado. Acordar de manhã e ter uns olhos que te aguardam para ouvir o teu bom dia. Não ver a hora de chegar a casa porque se sente uma saudade gigante de uma abraço e de um colo.

Será que tu te conheces mesmo, que te conhecem?
Será que tu tens sido tu ou tens vivido o que esperam de ti?

Amo-te,
Garanto-te que teremos crises,
Garanto-te que a certa altura um ou os dois vamos querer acabar com tudo,
Mas também te garanto que se não te pedir para seres minha,
Vou arrepender-me para o resto da minha vida.





Runaway Bride - Ending

domingo, 29 de agosto de 2010

A vida ...

Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.

                                                            Fernando Pessoa


A vida só nos dá uma oportunidade, 
por isso vive a vida, 
vive o amor e 
dá-te aos outros.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

As Flores e as Férias

Hoje ouvi na rádio um pensamento curioso, "As férias são como as flores!", depois fiquei a pensar nisto. 
Há flores que são bem giras e coloridas mas são só isso, não tem aroma e muitas vezes a imagem delas na nossa memória é mesmo muito pequena, assim como algumas férias servem só de desculpa para o tempo e o dinheiro que gastámos nelas.
Há férias que são boas, que nos fazem sentir bem por nos levarem a viver um desejo, um sonho, uma companhia e sim há flores que tem um efeito igual, são muito bonitas enquanto duram, mas no fim são apenas uma memória que se vai esfumando no tempo e depois nem das cores ou do aroma nos lembramos. 

Mas as flores que mais gosto são aquelas que me surpreendem, a acácia, por exemplo, uma árvore que se enche de pequenas flores amarelas, simples e singelas, consegue encher o ar com um aroma que, gostemos ou não, ninguém lhe fica indiferente. 

São como estas flores simples, inesperadas, intensas e impossíveis de não nos tocarem de alguma forma que são as minhas férias de sonho. Podemos ter férias de sonho dentro de nossas casas, dentro das ruas da cidade que nos conhece os passos. 

Estarmos abertos para ser surpreendidos pelo inesperado com um momento, um dia, um almoço, uma sesta, uma conversa ou uma qualquer coisa que nos salta à frente e nós termos a coragem suficiente para não lhe virar a cara. 

São estas experiências que nos marcam para toda vida ou apenas até às próximas férias. São estas memórias que nos trazem um sorriso quando pensamos nelas, tal como a saudade que  sinto da minha infância quando cheiro inesperadamente o forte aroma doce das acácias.

Este ano as minhas férias forma como as acácias simples, mas inesquecíveis. Gostaria de voltar a ter uma ou muitas férias assim, seria um sonho bom, mas pronto! 
Até lá fico com a memória dos momentos únicos e especiais, são esses que me fazem viver!

Quero partilhar a música que me deixa um arrepio bom cada vez que a ouço, a ideia de podemos viver num momento o que sonhámos uma vida inteira, assim, só num momento!

Leona Lewis - A Moment Like This


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Gastar as Palavras

Há dias, situações, momentos em que nos sentimos uns autênticos tagarelas.
Eu, em muitas ocasiões olho para mim e penso "já te calavas...". Ás vezes falamos mesmo demais. Quando tomados pelo desejo falamos ainda mais, falamos e sonhamos que os olhos de quem nos ouve nos ouve fiquem embevecidos, ainda que lhes digamos as maiores tonteiras. Temos todas as palavras e a outra pessoa tem todas as qualidades.

Mas um dia acordamos e sem saber porquê as palavras que dizemos ao outro não trazem sentimentos agarrados, repetem-se frases gastas que se dizem porque sempre se disseram. E pior temos medo que o outro perceba que estas frases, que antes tinham um mundo de significados, agora têm um grande e absoluto NADA.

Porquê que isto acontece? Quem me pode dizer o que fazer para não as gastar. Não sei ainda se elas se gastam por excesso de uso ou por poupança. Será que se gastam por não serem devolvidas quando as dizemos cheios de sentimento. Será que se são os sentimentos que se gastam e levam as palavras com eles.

Tenho medo de um dia voltar a perceber que as perdi, tenho ainda mais medo de sentir que alguém as perdeu e tem pena de me deixar isso transparecer.

Sentir que as nossas palavras são um prazer para quem as ouve é bom demais. Descobri isso em mim, descobri que isso é muito bom de sentir.
 Mas também senti como é não ter palavras para dizer a alguém. Isso não quero voltar a sentir.

Gosto muito de sonhar e levar os outros a sonhar com as nossas palavras é muito bom e não faz mal a ninguém! Acho mesmo que se sonhássemos mais, seriamos menos carrancudos e talvez não gastássemos tanto as PALAVRAS! ..... mas pronto!....


"Adeus" de Eugénio de Andrade dito por Mário Viegas.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Silêncio do teu Abraço

Estive em silêncio por seis meses e agora voltei , hibernei e neste tempo não deixei nada neste blog.


Muita coisa mudou nestes meses ... Eu também mudei, procuro conhecer-me, procuro a paz.
Procuro algo que não entendo mas que amo, desejo e preciso tanto....

Estou de volta, estou a tentar pegar em todas as coisas que tenho ou tive, em tudo o que vivi e viver o momento. Viver, amar cada momento ... sei que é da condição humana querer mais, sempre mais. Mas agora tento encontrar um meio termo entre a vontade, o desejo, a vontade de ter a companhia  com quem vivo um sonho tão real que dá medo.
Mas o medo maior é o de sentir cada vez mais a vontade de que não quero deixar que este sonho impossível saia da minha vida. Tenho medo de que o sonho me deixe, que se acabe a fantasia, o desejo, a magia ...

Tenho medo por precisar tanto deste abraço, tenho medo porque é uma novidade p'ra mim, mas pronto!...

Dá-me um abraço que seja forte
E me conforte a cada canto
Não digas nada que o nada é tanto
E eu não me importo
Dá-me um abraço fica por perto
Neste aperto tão pouco espaço
Não quero mais nada, só o silêncio
Do teu abraço
Já me perdi sem rumo certo
Já me venci pelo cansaço
E estando longe, estive tão perto
Do teu abraço
Dá-me um abraço que me desperte
E me aperte sem me apertar
Que eu já estou perto abre os teus braços
Quando eu chegar
É nesse abraço que eu descanso
Esse espaço que me sossega
E quando possas dá-me outro abraço
Só um não chega

Videoclip do 1º single do álbum "A Porta ao lado", de Miguel Gameiro.